Como os morcegos se orientam?
Envoltos em diversos mistérios ligados ao sobrenatural, ao oculto e ao “maligno”, com certeza, ao longo da história da humanidade, os morcegos sempre estiveram entre os animais que mais despertaram a curiosidade e, ao mesmo tempo, a repulsa de nossa sociedade.
Ainda que peculiares, a verdade é que os morcegos são, na realidade, animais únicos, extremamente adaptados e dotados de capacidades exclusivas.
Como são animais de hábito noturno, passam o dia dormindo, pendurados de cabeça para baixo em árvores, cavernas e também em forros de casas. À noite saem à procura de alimento, sendo sua dieta constituída basicamente de frutos, insetos e néctar de flores. Já os morcegos hematófagos se alimentam de sangue de outros animais, como, por exemplo, bois, bezerros e vacas.
Os morcegos são os únicos mamíferos que têm a capacidade de voar. Outra característica específica dos morcegos é o seu sentido bisonar ou, popularmente chamado, método de ecolocalização.
Ao contrário do que muitos pensam, os morcegos não são cegos, eles também têm os cinco sentidos normais de outros animais, como a visão, paladar, tato, olfato e audição. Todavia, assim como baleias e golfinhos, morcegos valem-se da sofisticada ecolocalização para se orientar. Esse método é, na verdade, de crucial importância para os morcegos, visto que devido aos seus hábitos noturnos a visão torna-se insuficiente.
Através da ecolocalização, morcegos emitem no ar ondas ultra-sônicas, e, a partir daí, analisam o tempo que essas ondas demoram para refletir no alvo e voltar para eles em forma de eco, conseguindo assim localizar-se.
Extremamente eficiente, a ecolocalização foi adaptada pelos seres humanos para seu próprio benefício e podemos percebê-la em diversos objetos como radares, sonares e ultra-sonografias.