Pouco mais da metade da população brasileira tem acesso à rede de esgoto, e não mais que um terço do esgoto coletado no país passa por tratamento. Isso significa que, todos os dias, os rios e mares brasileiros recebem cerca de 8 bilhões de litros de água repleta de poluentes com alto potencial de danos à saúde das pessoas e ao meio ambiente.
Saúde e saneamento são questões que andam juntas, a Organização Mundial de Saúde adverte que a cada R$ 1 destinado a saneamento, o país economiza R$ 4 gastos com saúde. O desenvolvimento econômico também sofre o impacto da falta de redes de esgoto, os investimentos nessa área podem gerar aumento da produtividade do trabalhador, aumento da renda, valorização de imóveis e consequentemente crescimento na arrecadação de impostos como o IPTU.
Em 2010, um estudo da Unicef revelou que, no Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas não têm banheiro em casa. A Índia ocupa a primeira posição entre os países com maior número de pessoas sem acesso a banheiros.
No Brasil, as regiões Norte e Nordeste são as que possuem os piores índices de esgoto tratado. Em Manaus, por exemplo, quase 90% dos domicílios não estão ligados à rede de esgoto. Já as regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste apresentam índices superiores, principalmente, nas áreas metropolitanas, em Brasília o índice de residências atendidas chega a 92%.
Assim dá certo!
A forma mais comum e eficaz de tratar o esgoto é a construção de redes que direcionam os resíduos para Estações de Tratamento de Efluentes. As estações são empresas especializadas nas etapas de purificação que recuperam a água e eliminam os seus poluentes, tornando-a adequada para o retorno ao meio ambiente.
Durante o processo, são realizados a separação de sólidos em diferentes tipos e tamanhos de filtros, a sedimentação para definitiva separação da água, o processo biológico com a presença de micro-organismos para decompor a matéria orgânica, e a eliminação de organismos e nutrientes químicos prejudiciais ao ecossistema.